Foto: Lucas Amorelli (Diário)
Mesmo com os esforços da prefeitura em convocar 177 professores concursados para a rede municipal antes do começo das aulas deste ano, o quadro de educadores do município iniciou o calendário, em 26 de fevereiro, com 21 educadores a menos. Novos editais foram abertos no mês passado para convocar 21 profissionais e, contando o prazo de 15 dias corridos, o período de apresentação foi encerrado ontem. Segundo a Superintendência de Comunicação da prefeitura, dois professores chamados não compareceram: um da Educação Infantil e um dos Anos Iniciais.
O setor do Executivo municipal diz que só informará hoje à tarde para quais escolas serão encaminhados os educadores que se apresentaram, e quais as instituições de ensino que ainda estão com falta de profissionais. A Superintendência também não deu prazo para a abertura de editais que convocarão os professores faltantes.
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O Diário entrou em contato com a direção da Escola Municipal Maria de Lourdes Bandeira Medina, que, no dia 26 de fevereiro, confirmou a falta de um educador para o 1º ano do Ensino Fundamental. Ontem, a vice-diretora, Zilda Leal, contou que, na semana passada, a segunda semana de aula, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) enviou uma professora temporária, por meio de suplementação, para atender a turma.
Contudo, a vice-diretora questiona o fato de ser usada a suplementação neste caso, já que esse recurso só é permitido em casos de substituição em licença saúde superior a 15 dias de afastamento do profissional.
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_ Não questionamos a Smed porque os alunos estão com aulas, mas ficamos com essa dúvida. Se isto está na legalidade _ comenta Zilda.
DE OLHO
A coordenadora de patrimônio e organização do Sindicato dos Professores Municipais (Sinprosm), Martha Najar, diz que a entidade recebeu outros relatos sobre a mesma situação em diversas escolas da rede municipal. Ela explica que o sindicato está compilando as informações para levar até a Smed e entender os fatos.
Martha pontua que a equipe diretiva do Sinprosm é composta de professores, que entendem que o uso de suplementação de forma irregular pode ser a maneira que a Secretaria Municipal de Educação encontrou para não deixar os estudantes sem aula.
_ Enquanto tiver um professor fora da sala de aula, na outra ponta tem estudantes sem aula. É uma situação bastante delicada. Mas nós queremos ter certeza de que os aprovados no concurso vão assumir suas vagas, e que o uso da suplementação não vai ser usado como recurso a não ser em caso de extrema necessidade _ explica a coordenadora do Sinprosm.
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A secretária de Educação, Lúcia Madruga, disse ontem que não vai se manifestar sobre a situação até ter total conhecimentos dos fatos. Ela diz que hoje, provavelmente, terá uma resposta ao Diário.